Região de Carcavelos

Adegas e Produtores

Após anos de inércia e de alguma apatia, foi na década de 1980, que as Quintas da Ribeira de Caparide, dos Pesos e da Samarra, reiniciaram nos seus terrenos a prática produtiva, esforço que a Câmara Municipal de Cascais reconheceu, através da respectiva inclusão no Inventário do Património Municipal.

Por seu turno, a Câmara Municipal de Oeiras tem investido verbas consideráveis na preservação e manutenção da vinha já existente na antiga Quinta do Marquês de Pombal (Quinta de Cima) na plantação de nova área e na recuperação do edificado. Na sequência deste investimento, concretamente a partir de 2001, a produção de vinho licoroso I generoso de Carcavelos, passou a fazer-se na adega do Casal da Manteiga. Actualmente, para além do Município de Oeiras, há também um outro produtor a comercializar o vinho de Carcavelos produzido. Trata-se da Quinta dos Pesos, um vinho que, à semelhança do “Villa Oeiras” também já foi premiado internacionalmente.

Embora já não se produza vinho de Carcavelos na QUINTA DO BARÃO - uma das marcas mais emblemáticas do legado histórico relativo à produção vitivinícola na região, é possível, através da Companhia Agrícola do Sanguinhal, encontrar ainda algumas garrafas. Por outro lado, na QUINTA DA RIBEIRA DE CAPARIDE, propriedade do Patriarcado de Lisboa, não se produz Vinho de Carcavelos todos os anos. De momento parece encontrar-se a vender a produção de 1995, sendo que a de 2004 está toda engarrafada e pronta a entrar no mercado. A colheita de 2008 ainda está nas pipas, mas não dispomos de informação rigorosa sobre este assunto.

Adega Casal da Manteiga

Adega Casal da Manteiga

O edifício do séc. XVIII, com função original de abegoaria de onde deriva o nome actual da Adega, é hoje um edifício dedicado à produção do Vinho de Carcavelos ‘Villa Oeiras’, numa parceria entre o Município de Oeiras e o Ministério da Agricultura.

Sobranceira aos 12,5 ha de vinha plantada, nesta Quinta que ainda mantém 135 ha dos cerca de 200 ha que há mais de dois séculos e meio compunham a Qta de Recreio dos Marqueses de Pombal, a Adega do Casal da Manteiga corresponde a um espaço particular de revitalização de património que, tendo vista alterada as suas funções originais, mantém o carácter e o cunho histórico do propósito para o qual outrora foi construído.

Hoje a sua história mistura-se com a ancestral produção do Vinho de Carcavelos, cujo renome muito se deve ao Marquês de Pombal, mas projecta-se no futuro pelo recurso a modernos métodos de vinificação, na procura pela excelência na produção deste néctar precioso.

A Adega assume uma planta octogonal, com uma ampla praça ao centro. Na zona norte do edifício produz-se o vinho e na sul envelhece-se, num dos amplos parques de madeira de carvalho que compõem as infraestruturas de produção do ‘Villa Oeiras’.  A separar as duas alas está o antigo Torreão de Caça do Marquês, usado por ele próprio para repouso e pequenas refeições antes do regresso ao Palácio em dias de caça. 

 

Contactos 

R. da Mina, Tremês

GPS: 38º 42' 16,04" N, 9º 19' 13,72" W

T: 917 252 474 

Adega do Palácio Marquês de Pombal

Adega do Palácio Marquês de Pombal

Este edifício, igualmente do séc XVIII, cuja arquitectura é atribuída a Carlos Mardel, grande responsável pela reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755, acompanha a linha estética do Palácio da Qta de Veraneio do Marquês de Pombal e contrasta com as restantes estruturas produtivas do lagar de azeite, casa da malta e casa do alambique, pela riqueza decorativa que tão bem caracteriza este período.

Com orientação norte-sul e um comprimento de mais de 70 metros foi construída com o propósito claro de garantir a produção de um vinho de qualidade. A porção, que ainda hoje funciona como uma das áreas de envelhecimento, estaria ocupada por grandes tonéis vats que receberiam o vinho após este ser misturado nos tanques de pedra que encabeçam a adega no lado sul. 

Actualmente os tonéis foram substituídos por pipas de 225 litros que potenciam o envelhecimento do nosso Vinho de Carcavelos, mas as condições óptimas da adega mantêm-se inalteradas quer no que respeita ao manter da humidade, por estar construída sobre uma mãe de água, quer de temperatura, não só porque as fachadas sul e poente se encontram enterradas, mas também porque as paredes apresentam elevada espessura e porque ao se criar um diferencial de temperatura entre a fria fachada poente – enterrada – e a ligeiramente aquecida fachada nascente, ocorre uma natural circulação do ar no interior. Engenhosa e progressista, esta era a forma do fazer antigo que nos serve na perfeição para criar o renovado, mas histórico Vinho de Carcavelos ‘Villa Oeiras’, o vinho da Casa Marquês de Pombal.

 

Contactos 

R. Aqueduto 222, Oeiras

GPS:  38º 41’ 34,44” N, W 9º 18’ 52,54” W

T: 917 252 475

E: confraria.carcavelos@cm-oeiras-pt

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