Este edifício, igualmente do séc XVIII, cuja arquitectura é atribuída a Carlos Mardel, grande responsável pela reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755, acompanha a linha estética do Palácio da Qta de Veraneio do Marquês de Pombal e contrasta com as restantes estruturas produtivas do lagar de azeite, casa da malta e casa do alambique, pela riqueza decorativa que tão bem caracteriza este período.
Com orientação norte-sul e um comprimento de mais de 70 metros foi construída com o propósito claro de garantir a produção de um vinho de qualidade. A porção, que ainda hoje funciona como uma das áreas de envelhecimento, estaria ocupada por grandes tonéis vats que receberiam o vinho após este ser misturado nos tanques de pedra que encabeçam a adega no lado sul.
Actualmente os tonéis foram substituídos por pipas de 225 litros que potenciam o envelhecimento do nosso Vinho de Carcavelos, mas as condições óptimas da adega mantêm-se inalteradas quer no que respeita ao manter da humidade, por estar construída sobre uma mãe de água, quer de temperatura, não só porque as fachadas sul e poente se encontram enterradas, mas também porque as paredes apresentam elevada espessura e porque ao se criar um diferencial de temperatura entre a fria fachada poente – enterrada – e a ligeiramente aquecida fachada nascente, ocorre uma natural circulação do ar no interior. Engenhosa e progressista, esta era a forma do fazer antigo que nos serve na perfeição para criar o renovado, mas histórico Vinho de Carcavelos ‘Villa Oeiras’, o vinho da Casa Marquês de Pombal.
Contactos
R. Aqueduto 222, Oeiras
GPS: 38º 41’ 34,44” N, W 9º 18’ 52,54” W
T: 917 252 475